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sábado, 24 de outubro de 2009
Sistema RANK/RANKL e Movimento Ortodôntico
A osteoclastogênese pode ser regulada via ativação do sistema RANK/RANKL (receptor ativador do fator nuclear kapa B/ ligante do receptor do fator nuclear kapa B), que é mediado pelos osteoblastos.
As citoquinas,tais como a interleucina-6 (IL-6), interleucina-1 beta (IL-1ß), fatores de necrose tumoral (TNFs) e interleucina- 11 (IL-11), as quais são conhecidas por apresentar atividade
osteoclástica, e a caracterização de moléculas mais novas, como o fator de ativação do receptor de ativação nuclear kappa B (RANK) e seu ligante (RANKL), a osteoprotegrina (OPG) e a proteína inflamatória dos macrófagos (MIP-1α) têm sido úteis para a base do desenvolvimento
de novas terapias.
Aumento em citocinas pró-iinflmatórias(IL1,6,8 e TNFa)correlaciona-se aos locais de compressão do ligamento periodontal.Indução osteoclástica, representada por pré-osteoblastos mononucleares, primeiro ocorre nos espaços vasculares e medulares da crista alveolar, seguido por aumento no espaço do ligamento periodontal.-sugerindo que a scitocinas são importantes iniciadores da osteoclastogênese em movimento dental.
RANK é um peptídeo de 616 aminoácidos na superfície das células precursoras de osteoclastos. RANKL é um peptídeo de 317 aminoácidos. É produzido por células da linhagem osteoblástica e células T ativadas. Quando RANKL é expressado por células da linhagem osteoblástica é uma célula redonda e quando expressado por linfócitos T é solúvel. RANKL mRNA é expressado mais em osso e medula óssea tão bem quanto tecidos linfóides.
Os efeitos biológicos de RANKL são produzidos quando ele se liga a RANK. O papel de RANKL, junto com outra proteína, M-CSF(a qaul se liga a seu receptor c-fms) é promover: formação de osteoclasto,fusão, diferenciação,ativação, sobrevivência, assim melhorando a reabsorção óssea. Portanto, é uma molécula de importância reconheciada na reabsorção óosea, o que é bastante peculiar o seu conhecimento para entender os processos relacionados ao movimento ortodôntico, assim como ao da reabsorção radicular.
***Referência Bibliográfica:
Tyrovola J B, Spyropoulos M N, Makou M and Perrea D. Root resorption and the OPG-RANK-RANKL system: a mini review. Journal of oral Science, Vol 50, no. 04, 367-376, 2008.
sábado, 3 de outubro de 2009
Elásticos de Classe II
Elásticos de Classe II
Caracterizam-se por apoiarem-se na região do canino superior
a um molar inferior, podendo ser o primeiro ou o segundo (Fig. 8).
Podem ser fixados em ganchos presos no fio, ou diretamente nos
dentes, por meio de ganchos presentes em acessórios como braquetes
e tubos, ou em fios amarrados no braquete que servirão
de locais para fixação dos elásticos. Uma alternativa é a utilização
de arcos auxiliares como o sliding-jig, que potencializa o efeito de
distalização nos molares superiores
São indicados no tratamento da má oclusão de Classe II, com o
intuito de exercer uma força distal nos dentes superiores e mesial no
arco inferior. Entretanto, essas forças geralmente não são paralelas
ao plano oclusal, resultando em componentes verticais e horizontais
de força, que dependerão da localização e da distância entre os
pontos de fixação dos elásticos. Quanto maior for essa distância
ântero-posterior, a componente vertical de força poderá ser menor e a
componente horizontal será maior. Dessa forma, a extensão do canino
superior até o segundo molar inferior pode minimizar os efeitos extrusivos
e potencializar a componente horizontal da mecânica aplicada15.
Com referência à magnitude de força, Cabrera et al.7 indicam a utilização
de 200-250g na mecânica com elástico de Classe II.
Philippe15 sugeriu que, além da análise mecânica, faz-se necessária
uma análise individual de cada paciente, de acordo com
o padrão muscular e o crescimento esquelético. Segundo o autor,
o elástico de Classe II tradicional está mais indicado em casos de
pacientes com Classe II moderada e dimensão vertical normal,
utilizando-se um fio o mais rígido possível no arco superior para
controle dos efeitos indesejados. Isso é necessário para anular um
componente vertical de força que tende a extruir os incisivos superiores
e os molares inferiores, o que resultaria na inclinação do
plano oclusal para baixo e para frente.
O mesmo autor15 contra-indica esse tipo de elástico em pacientes
Classe II, divisão 1, e face curta (padrão hipodivergente)
e em Classe II, divisão 2, com mordida profunda devido ao efeito
indesejado no plano oclusal, no giro da mandíbula e na extrusão
dos dentes anteriores superiores. Da mesma forma, contra-indica
em pacientes Classe II com face longa (padrão hiperdivergente),
pois a extrusão dos molares inferiores causaria um giro horário da
mandíbula, prejudicando o aspecto facial convexo e aumentando a
altura facial ântero-inferior.
Na verdade, o uso de elásticos não deve ser dispensado devido
aos efeitos indesejados que provocam. Deve-se, na verdade,
compreender os efeitos favoráveis, de acordo com o planejamento
do caso, e associar outros recursos na mecânica utilizada que
possam contrapor as forças indesejadas associadas aos elásticos.
Dessa forma, não só os efeitos dentários, mas também os efeitos
faciais, podem ser equilibrados e resultados mais favoráveis podem
ser alcançados.
Um efeito colateral dos elásticos de Classe II, comumente encontrado
na clínica ortodôntica, é o giro mesial dos molares inferiores.
Vale salientar que esse tipo de efeito colateral não ocorre apenas
nos molares, mas em todos os dentes que sirvam de apoio aos elásticos,
pois a linha de ação da força sempre vai passar distante do centro de
resistência dos dentes.
Para minimizar esses efeitos indesejados, podem ser utilizados arcos
pesados como os retangulares, arcos com stops justos aos acessórios
dos molares, arcos com dobras de pré-ativação, arcos linguais ou palatinos
ou outro recurso biomecânico que irá contrapor esses efeitos.
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