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domingo, 17 de maio de 2015

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Continuando sobre cefalometria de Steiner .
Este post traz os postulados de Steiner




Postulado de Steiner: o incisivo pode estar a frente da linha NB, tanto quanto o pogônio estiver a frente da linha NB. 1-NB=Pg-NB
PNB é a distância do ponto POGÔNIO ao NB. 
Aplicação prática : quanto mais pogônio o paciente tiver mais poderá vestibularizar o incisivo inferior. Segundo  Holdaway o ideal é a distância pogônio - NB igual a 1-NB. Surge, então, o primeiro postulado.


 observe a distância de Pg a NB + incisivo NB
Interessante notar que isso permite ter osso na vestibular do incisivo e o dente durante os movimentos ortodônticos pode ser vestibularizado com subsequente aquisição de espaço "caminhando" dentro do alvéolo.

domingo, 10 de maio de 2015

Discrepância de Steiner

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A análise de Steiner é um dos tipos mais comuns de análise cefalométrica . Foi nomeado após Cecil C. Steiner, um dos primeiros dentistas para desenvolver um uso bem-visto de análise cefalométrica . Fornece uma análise equilibrada e global das áreas esqueléticas, dentárias e tecidos moles. Além da relação uns com os outros para desenvolver planos de tratamento ou previsão do crescimento.
Objetivo das analises cefalométricas: ajuda no planejamento, principalmente nas extrações.
Steiner me dá um quadro de possibilidades clínicas, diferente do restante, que só diz se é pra extrair ou não. Faz avaliação da discrepância do paciente, e me diz o que eu faço com isso, como resolver o problema.
Ex: qdo  verticaliza-se molares, ganha-se espaço no arco
Todo cálculo é feito na mandíbula
Alças de nivelamento aumentam “pouco” o comprimento do arco
Por que  Steiner resolveu fazer essa análise? Antes só tinha análise de Tweed, no FMIA tem que ter 68º, mas o incisivo inferior pode estar bem posicionado na mandíbula, mas a mandíbula pode estar rodada. Tweed só serve quando maxila e mandíbula estão relativamente bem posicionadas. Steiner tinha pacientes com discrepância esquelética, e ele comprometeu as inclinações dos dentes, mas o caso terminou bem. Resolveu achar outro parâmetro pra avaliação, pois Tweed era muito rígido, tinha q ser 68º e pronto. Para Steiner o mais importante é a relação dos arcos, conseguir os 130º entre os incisivos. Manter esse ângulo, para q as forças de mastigação fiquem mais perpendiculares ao longo eixo do dente (forças laterais provocam reabsorções).
A posição da Maxila e Mandíbula vai me dizer quanto eu posso inclinar os dentes, ela vai ser meu parâmetro.
Em pacientes que vão usar ortopedia, faço uma projeção do ANB, sempre com 2º. Em adultos eu consigo mexer no ANB, pq eu posso mudar a posição do ponto A e B, bem menos q em uma criança que use ortopedia, pois não consigo mexer nas bases ósseas, e sim na parte dento- alveolar. Se maxila e mandíbula estão desarmônicas, vou compensar com inclinações dentárias.
Os dados utilizados nessa análise são: SNA, SNB, ANB; NS-GoGn, Ns-Plo, Ns-Gn, Plo-Gogn (quer saber se o paciente é braqui, meso ou dolico)
O ângulo ANB pode ser mudado? Pode, mais em criança, em adulto menos.
O pogônio irá sofrer alteração? Preciso ver a posição do pogônio, pra saber o qto de osso eu tenho para protrair o incisivo inferior (pode até ficar um pouquinho pra frente do Pog). Na criança ele muda, no adulto não. Ele é um limite para o tratamento, não temos acesso sobre ele.
O padrão esqueleto cefálico irá alterar o relacionamento dental? Sim, no braqui, posso comprometer mais na frente, no dólico não. No paciente braqui o incisivo pode estar mais inclinado pra vestibular.
Centro da mastigação (pra onde vai a resultante da força aplicada em cada dente), na maxila fica nos pré-molares. No braqui o eixo de mastigação é mais posterior, no dolico, mais anterior. Por isso a repercussão nos incisivos, no dolico é maior. Definido por Bimler, eixo de estresse (centro mascale)
Preciso definir quanto de ANB o paciente tem. E projetar quanto será esse ANB no final do tratamento. No paciente ortopédico, vou projetar 2º; mas se já é uma adolescente, não vai usar o aparelho direito, não vou projetar 2º. Vou esperar o paciente terminar de crescer pra dizer se vou extrair ou não. No adulto, eu vou mudar o ANB. Quanto eu consigo mudar? O cálculo para a alteração mínima do ANB é a metade mais 1. O ANB eu mudo praticamente distalizando molar.
Quanto mais pogônio, mais posso vestibularizar o incisivo. No geral, o braquicefálico tem mais pogônio que o dolico, pois o crescimento é mais horizontal.
· Dolico em crescimento – 0,5 mm a cada 2 anos
· Meso – 1 mm a cada 2 anos
· Braqui – 1,5 mm a cada 2 anos
Obs: isso sem ortopedia, mas se eu mudar a direção de crescimento dele, vou conseguir mais mm. Só vou usar essas medidas em pacientes que já pararam de crescer.
Postulado de Steiner: o incisivo pode estar a frente da linha NB, tanto quanto o pogônio estiver a frente da linha NB. 1-NB=Pg-NB
Proposição de Holdaway: Steiner considera, também, a proposição de Holdaway, a qual recomenda, para os incisivos inferiores, uma distância de NB igual a Pogonio a Nb. Avalia o quanto pog terá no final do tratamento, considerando que ele aumenta, aproximadamente, 2 mm, após os 11 anos de idade.
O limite máximo para ANB é 8º e o mínimo -1º, fora disso tem q ser cirúrgico.
Na tabela, quando o paciente é adulto, o pog continua igual, mesmo se ele não for ideal, pq eu não consigo mudá-lo. Se for criança, eu projeto quanto o pogonio vai crescer. Fórmula F = E – (C – B)
DC = 1-NB(final) – 1-NB(inicial) x 2
Depois de feito a discrepância de modelo e de Steiner, vou construir uma tabela , com duas colunas, positiva e negativa.
positivo negativo
DM
DC
Recolocação 6
Curva de Spee
Elástico cl II
expansão
Preparo de ancoragem
Extração
Sub – total
Total
Recolocação do molar: se existe essa possibilidade, vou aumentar o comprimento do espaço para trás, vou ganhar espaço, e isso é medido. EX: verticalização. Se o molar está bem, não vou mexer.
Curva de Spee: acentuada, média, discreta . De qualquer forma eu perco espaço quando “diminuo” a curva de Spee. Isso é medido, com a régua do molar ao incisivo. E sempre negativo. Eu perco espaço pq os incisivos vão para vestibular. Usando um arco de intrusão, consigo intruir os incisivos, sem que eles vão para vestibular.
Elástico de classe II: usando elástico de classe II, o molar mesializa. A perda de ancoragem é de em média 2 mm, perco 2 mm
Expansão: se os pré molares estão lingualizados, e vou verticalizá-los, vou ganhar espaço positivamente. Região inter-caninos a cada 1mm de expansão, ganho 1 mm de espaço; região inter-pm a cada 2 mm de expansão, ganho 1 mm de espaço; região inter-molar a cada 3 mm de expansão, ganho 1 mm de espaço no arco.
Preparo de ancoragem: inclinar a coroa dos molares para distal, pra quando eu colocar o elástico, não ocorrer mesialização de molares. Formando um “finca pé”. O paciente precisa usar extra-bucal pelo menos pra dormir
Extração de dois pré molares inferiores gera 15 positivo. Toda extração, perde 1/3 de ancoragem. Só conseguimos aproveitar 2/3 do espaço. Se eu ancorar molar, pelo menos até que o canino esteja retraído, vou perder menos espaço. Conjugo 1º e 2º molares, e arco lingual, vou perder a metade só do espaço que eu estava perdendo. Ou coloco micro-implante de ancoragem.
Meu objetivo final é “zerar a conta” da tabela.
Na finalização do tratamento, eu peço outra documentação, e consigo avaliar se eu atingi meu objetivo ou não. Se não, ainda estou tratando o paciente.
 
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